terça-feira, 28 de abril de 2009

Eu quero um Loris

Beto, me dá um Loris!!!!!



Um amigo me mandou o vídeo e eu fui pesquisar sobre esse primata, chama-se Loris.
Obrigada Mandarkinho

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domingo, 26 de abril de 2009

Última semana


Estou aproveitando a minha última semana oficialmente em repouso para voltar a trabalhar. Bom, fazendo uma retrospectiva eu já emagreci 12 kg, me recuperei plenamente da ferida cirúrgica, escapei da dieta líquida algumas vezes e vomitei todas elas, não usei mais que camisola e pijama nesses dias todos, e estou, de fato, com saudades do meu trabalho.
Passei pela academia há dois dias e já vi preço de natação, pilates e musculação, que eu nem sei quando começo, preciso fazer a prova do DETRAN para renovar minha carteira que venceu há quatro meses... bom, acho que vai ser uma semana bem atarefada.
No feriado de Tiradentes eu fiz a ultra de uma boxer filhote da minha Minerva. Ela tinha dois anos de idade. Apresentava um quadro de gastroenterite crônica, com emagrecimento e inapetência. Pela primeira vez eu vi o pâncreas. Dizem que o pâncreas na ultra-sonografia é como Deus, todos sabem que existe, mas ninguém nunca o viu. Porém quando há alteração no órgão, dá pra ver e infelizmente ele estava bem claro na imagem.
Fechamos o diagnóstico de pancreatite com os exames laboratoriais. Ela ficou sob tratamento por alguns dias, mas, infelizmente, veio a óbito ontem.
A pancretatite é uma doença de difícil diagnóstico e prolongado tratamento. Separei dois artigos sobre diagnóstico e tratamento.
Vou passar o resto da semana organizando o que falta na minha vida, afinal de contas, quero ter mais historia para contar.

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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Veterinária em casa


Nesse período de repouso eu estou passando mais tempo com meus animais em casa.
Descobri que Bridgit está muito gorda, Minerva e Rebeca estão infestadas por carrapatos, Dalila continua um porre, o Kito está perdendo penas na cabeça, as gatas continuam preguiçosas.
Bridgit não tem jeito, ela rouba a comida da Dalila, vai precisar de uma troca de ração, ou de dono.
A Minerva e a Rebeca foram tomar banho na clínica, e voltaram sem carrapato e de coleira Scalibor. Beto ficou irritadíssimo comigo porque aparentemente estar em casa me faz ver essas coisas, e, como estou operada, quem tem que levar para o banho, pulverizar veneno no canil, buscar do banho, é ele!!
O Kito me chama cedo para que eu o coloque no playground para brincar... isto é, uma mesa com um espelho, um mouse pad, minhas chaves e uma conta telefônica. Ele fica horas brincando. Quando está concentrado e qualquer um passa pela mesa, ele vem querer bicar. É meio temperamental.
Daí, é pegar a gata e levar para o quarto comigo, senão ela vai querer brincar com o Kito também.
Eu queria tanto passar esse mês de folga, sem fazer nada, não sabia que se tornaria um tédio total. A coisa mais emocionante que me aconteceu esses dias, entre um iorgute e outro, foi terminar de assistir a décima temporada de FRIENDS.
Até meus bichos não me suportam mais dentro de casa.
Há uns 5 dias eu fui trabalhar, fui auxiliar a Renata em umas excisões de nódulos e fiz uma ultra. Ah, estava com saudades. Há dois dias fui fazer uma ultra de emergência, foi emocionante. Justamente no dia de troca da minha dieta, para a pastosa, mas eu estava ansiosa, e, entre um vômito e outro, eu brinquei de veterinária de novo. Quando saí da clínica o Beto me falou:
- E aí, Alice, não é melhor vir pra clínica só pra buscar dinheiro?
- Na verdade, eu gosto de vir pra buscar dinheiro, mas gosto de trabalhar também.
Bom, deixa eu voltar para minha sopinha batida... DELICIOSA.

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domingo, 12 de abril de 2009

Pós operatório



Quando operamos um paciente na clínica, nós fazemos várias recomendações acerca dos cuidados com o pós operatório.


O animal deve ficar em repouso, a depender da cirurgia nós recomendamos uma dieta especial, curativos devem ser feitos uma vez ao dia, com bastante cuidado.

Muitos animais não ficam em repouso, quando falamos: Deixe-o preso em algum quarto ou banheiro para limitar o espaço....
alguns proprietários entendem: chegue em casa e o solte no quintal, quanto mais ele correr, mais rápido ele se recupera.

Então eles voltam com deiscência de suturas, hérnias, feridas infectadas, isso quando não fazem evisceração (saída de vísceras da cavidade abdominal) em casa e ainda mastigam um pouco das mesmas antes de morrer.

Toda cirurgia gera uma mudança no metabolismo do corpo do animal. Ele não pode, simplesmente, ser responsável pela própria recuperação, é preciso muito cuidado e dedicação dos proprietários.

Durante o tempo que passei na U.T.I eu descobri porque todos os meus pacientes arrancam a fralda nos primeiros 5 minutos... aquilo é ridículo!! Ainda bem que não preciso usar o colar elizabetano... ficaria "lindo" né!!

Eu sofri uma cirurgia no trato gastrintestinal, exige uma dieta líquida por 15 dias. Comi pela última vez no domingo e depois fui tomar água de coco na quarta feira, ao meio dia. Esses 15 dias de dieta líquida estão me matando. Você pega um gordo, enche a casa de guloseimas, e fala pra ele que se ele comer... ele morre. É fogo. Então você dá pra ele, 50 ml de água de coco, 50 ml de gatorade, 50 ml do caldo da sopa (não é sopa batida, é o caldo, só o caaalldo), 50 ml de leite desnatado com um suplemento proteico, 50 ml de suco, e manda ele tomar cada coisinha de meia em meia hora.

O Beto, como meu proprietário, está se dedicando o quanto pode... o quanto pode mesmo, porque eu conheço as limitações dele, que afinal são as limitações de qualquer homem... FALTA DE PACIÊNCIA. Graças a Deus eu ainda tenho mãe e esta sim, cuida até demais, já está ali gritando: já andou hoje?? não bebe deitada!! Fez o exercício respiratório?? tá muito tempo deitada, senta um pouco!! tá muito tempo sentada, vai deitar!!

E a enfermeira que vem todos os dias trocar os curativos, ouvir minhas reclamações quanto à dor causada pelo (rrrrrrrrr) DRENO, e aplicar uma injeção. Por incrível que pareça, eu gosto dela.

Eu tenho que tirar o meu chapéu para os pacientes que ainda balançam o rabo para mim depois da cirurgia, porque eu não balancei rabo pra ninguém naquela U.T.I, acredito até que tenha xingado algumas pessoas.

Mas hoje é domingo de páscoa, não posso comer nem beber ovo de páscoa. Deixo essa função para vocês... não dêem chocolate para seus cães, é tóxico (leia mais sobre isso).

Feliz Páscoa para todos, para uns significa mais que chocolate, significa renascimento.


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sexta-feira, 10 de abril de 2009

Minha vez na mesa de cirurgia


Na segunda feira, dia 6, eu sofri uma gastroplastia. Fui internada no domingo, depois de entregar os telefones de emergência e dar um breve adeus à veterinária para cuidar de mim.
Desde novembro eu já vinha fazendo exames para a cirurgia e me interando de todo pós operatório. No projeto TVT eu fiz um esquema para não deixar nada faltando na minha ausência, a Renata, minha sócia, voltou a trabalhar na clínica e têm assumido os plantões com o Fábio. Nos frigoríficos também deixei tudo encaminhado e durante um mês eu vou assumir as rédeas da minha vida. A veterinária está cheia de bons profissionais e pode esperar.
Indo para a sala de cirurgia, lembrei de ligar para o primo do Beto, cujo cão estava com uma gastroenterite hemorrágica, para ver como estava...
No pré-operatório, a técnica em enfermagem veio cateterizar a minha veia, eu perguntei: será que você não pode me contar uma história?
Nada, nadinha, a moça não tinha nem uma história para me contar.
Então o moço da maca ao lado puxou assunto comigo: Sabe, é a quintha chirurghia que eu façho. A primeira fhoi no olho, outrhas dhuas no outro olho, uma chirurghia no rim.
-E essa?
-Essha é na prosthatha. Como é difíchil falar sem a dentadura.
Então levaram o moço da próstata.
Eu fiquei um tempo quieta, observando, pensando em todos os cachorros dos quais eu cateterizei a veia sem nem contar uma história, ou acalmar o animal... não me lembro da última vez que o fiz sem dizer apenas: por favor, me ajude a conte-lo.
Me levaram para a sala de cirurgia, e eu não parava de observar. O que mais me chamou atenção foram os quilos de maquiagem que a instrumentadora usava, dava pra ver o batom vermelho por trás da máscara, rímel, sombra, pó, mais sombra, mais batom e mais pó. Sem contar os 3 pares de brincos. Eu falei: nossa essa produção toda é pra me operar?
Ela sorriu e disse: tá vendo como você é importante???
Bom.. comecei a observar os monitores, amarraram meus braços na maca e eu perguntei: vocês tão com medo de eu bater em vocês?
Essa foi a última coisa que eu me lembro...
Me lembro de me levantarem, me colocarem em uma maca... "vamos tirar sua sonda uretral agora".... "sim sim, ela acordou, vou mandá-la pra U.T.I"
"por que eu vou pra UTI?"
Ninguém me respondeu... me cobriram, e ao sair eu chamei pela minha mãe...
"Ohhh meu Deus, como ela tá pálida... ohh minha bichinha"
"Mãe... (bico)... porque que eu vou para a U.T.I, mãe, não quero irrrr"
"Mas Alice, você mesmo me falou que seria normal se fosse"
Beto, sogra e cunhada também estavam lá.
Me levaram para a U.T.I e colocaram diversos monitores em mim.
Adormeci facilmente...
"Vamos lá, ela está sem sonda... vai ter que usar fralda"
"EU não vou fazer xixi na fralda.. nem adianta, pode colocar mas quando eu quiser fazer xixi vocês terão que me ajudar"
"tudo bem...não se preocupe"
Na hora da visita eu acordei com minha mãe segurando minhas mãos e beijando, e me falando que eu estava muito pálida, mas que foi tudo bem, e qual era o telefone do médico porque ele nem tinha ido falar com ela... adormeci de novo... já era o Beto segurando minha mão.. perguntei sobre o cachorro, sobre a cirurgia, sobre meu notebook que estava no quarto... adormeci e acordei mais duas vezes, uma com a minha sogra e outra com a visita da minha cunhada, que disseram palavras de conforto, que eu realmente não me lembro, adormeci logo em seguida.
Uma amiga, enfermeira, a Andréia, também me viu na U.T.I e ficou bastante preocupada, foi vasculhar prontuário e ligou várias vezes para a equipe, infelizmente não me lembro da sua visita.
Acordei diversas vezes na U.T.I, quando o monitor da pressão enchia no meu braço, quando aplicavam injeção endovenosa muito rápido e doía a minha mão, eu falava:
"moça, você vai me dar uma flebite (inflamação da veia) desse jeito, aplica devagar"
Mas não adiantava muito falar.
De noite eu tive ânsia de vômito mas, graças a Deus, não vomitei, apenas gritei pela enfermeira, que se chamava Socorro:
- Socoooooooooorrrrrrrrooooooooo!!!
Apareceram 3 pessoas apavoradas e eu perguntei:
- Queria uma cuba porque parece que vou vomitar, a Socorro ainda está aí?"
Durante a noite eu já estava mais acordada, ouvi uma movimentação, aparentemente o moço do leito 19 havia parado... morreu. Pela manhã uma outra moça também morreu....
Meu médico me visitou e me liberou para o quarto, mas ainda fiquei na U.T.I durante a hora de visita.
Às 11 horas a mamãe chegou de novo... e outra cunhada também me visitou.
Depois da visita ainda demorou um pouco para me levarem... eu ouvia a enfermeira:
"O leito seis (eu) foi liberado, é a Alice Albuquerque, mas aqui tem liberação só da Alice Ribeiro"... eu tive que dizer umas 15 vezes: O meu nome é Alice Ribeiro de Oliveira Lima Albuquerque....
Quando finalmente me liberaram para o quarto, encontrei a mamãe no caminho...
Ahh, preciso me deitar agora, depois eu falo mais sobre o pós operatório.

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sábado, 4 de abril de 2009

Coisas que vemos por aí - I

Empresa americana lança perucas para cães

Foto: Total Diva Pets

As perucas viraram moda nos Estados Unidos

Uma empresa na Califórnia criou um novo produto para o mercado de acessórios para animais de estimação: as perucas para cães.

As perucas foram criadas em 2007 para um desfile de cães, e os acessórios receberam tantos pedidos que as empresárias Jenny e Crissy Slaughter decidiram começar a produzir as perucas em maior escala.

Cada peruca custa, em média, US$ 30 (cerca de R$ 69). Atualmente, elas já são vendidas em seis países, e outras empresas americanas passaram a produzir acessórios semelhantes para cães e gatos.

As primeiras perucas foram inspiradas nos cabelos de celebridades como Paris Hilton e a modelo Bettie Page. Atualmente, a empresa conta com mais modelos, que incluem uma peruca afro e outras coloridas.

Em entrevista à BBC Brasil, Jenny Slaughter, uma das proprietárias da Total Diva Pets, admite que - apesar do sucesso - algumas pessoas consideram as perucas "tolas" e "desnecessárias".

"Sabemos que animais não precisam de perucas, mas são acessórios divertidos para cachorros que já têm tudo", afirma.

Mercado

O mercado de acessórios para animais de estimação vem crescendo de maneira significativa. Marcas famosas como Gucci, Burberry e Louis Vuitton já dedicaram coleções especiais a essa nova moda.

Além das perucas, acessórios como sapatos, óculos de sol, coleiras customizadas e roupas também estão disponíveis para os animais de estimação.

No Brasil, dados de 2007 da Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação (Anfal Pet) indicam que o segmento da indústria e do comércio de produtos para animais de estimação - que inclui medicamentos, alimentos, acessórios e serviços - movimentou US$ 4 bilhões.

Desse total, a contribuição de acessórios e equipamentos foi de US$ 215 milhões.

Segundo Slaughter, os donos acabam comprando mercadorias que "combinam com a atitude dos animais".


Conteúdo extraído do site: http://www.bbc.co.uk/portuguese/cultura/2009/01/090127_perucacaes_tc2.shtml

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quinta-feira, 2 de abril de 2009

Como abraçar um Bebê

Instruções para abraçar um bebê

1º- Encontre o Bebê:

2º- Tenha certeza que o objeto encontrado é um bebê, utilize a técnica do faro:

3º- A seguir amacie o bebê antes de começar o processo do abraço, utilize a técnica do deslize das patas:

4º- Coloque o bebê na posição correta:

5º- Finalmente, pegue a camera fotográfica, e execute a difícil arte de abraçar, sorrir e inclinar ao mesmo tempo, para conseguir a melhor foto:

Fotos e textos recebidos por e-mail - autor desconhecido

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