quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Ano novo!!

Hoje é dia 31 de Dezembro de 2008, véspera de ano novo. Eu acordei feliz, sorridente, e.... mentira, nem queria levantar para trabalhar. Peguei carona com o Beto para a padaria, tomei um nescau e comi um pão com manteiga.. EM PÉ... uma pessoa ocupa uma mesa de 4 lugares, outra ocupa outra, e eu tenho que tomar café da manhã em pé. Cadê a solidariedade de fim de ano?? não existe. Fui "bem humorada" a pé até a clínica. Chegando lá fui pagar contas, anotar os compromissos de 2009 em um papelzinho porque simplesmente não tenho agenda para o ano que vem ainda. Chegam 4 exames para fazer... ahhhhh. Fiz os exames... sentei de novo e fui cuidar das contas. Chega uma moça pedindo informações sobre uma raça, e eu, gentilmente e cheia de paciência, fui falando sobre uma raça que eu nunca tive e só ouço falar que são ótimos mas destruidores. Mas eu não disse isso né. 

Então eu estava torcendo para dar logo meio dia, para eu ir para casa, afinal de contas é véspera de ano novo... chegou uma ultra-sonografia para fazer. A veterinária sentiu nódulos no abdômen da cadela e queria saber o que era. Os proprietários falavam inglês, e eu fui explicando que a suspeita da veterinária era algum tumor, e que a gente estava pesquisando... então, encontrei os três tumores, todos eles com o coração batendo dentro do útero. A dona chorou, eu dizia que não ficasse daquele jeito, rapidinho ela arrumaria um dono. Na minha lógica de mau-humor eu imaginava que ela chorava porque ia ter mais trabalho.... quando eu terminei o exame, a proprietária abraçou a cadela e disse:

"thank God, it's not cancer"

Foi nesse momento que eu vi que o meu dia estava sendo ótimo, eu havia trazido boas novas a esse casal, e o espírito de fim de ano deve ser assim, com boas novas.

Eu que estava sem paciência até para ir para festa em reveillon, pedindo para ser deixada em paz para dormir... estou indo agora comprar a nossa mesa em uma barraca de praia para mais tarde pular as minhas sete ondinhas.

Obrigada meu Deus por mais um ano, eu que achei que não fosse sobreviver para ver 2009. Abençoe a família de todos os que aqui visitam, e seus animais. Agradeço por todas as conquistas... Obrigada.



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domingo, 28 de dezembro de 2008

E quando é o nosso?


Eu sempre digo que quando meus animais ficam doentes eu os levo para o veterinário atender. Quando é nosso a gente perde algo precioso chamado coerência e raciocínio, outra pessoa precisa assumir o caso. Costumamos dar opinião demais e às vezes atrapalhar, pensando no bem estar mas sem pensar, um bem estar que faz mal, por exemplo "ihh vai furar de novo?" "pra que tirar mais sangue, 0,05ml não foi suficiente?" "intra-muscular?? nunca!! pode dando via oral, tem uma carninha pra ajudar?" "você esperou eu sair pra colocar a focinheira??? ela não mordeeee" "onde já se viu? perder uma veia... você tem mais UMA chance"

Eu estava dormindo quando a Tina (nossa amada auxiliar) veio me acordar. A poodle, Dalila, havia pulado do segundo andar durante a noite, da casa da mamãe, e estava na porta, esperando com a pata molinha. Antes me deixe falar um pouco de Dalila, ela me odeia. E eu também não morro de amores por ela. Ela tem ciúmes da minha mãe, e eu também, e ela me morde, e eu quase a mordo também.

Bom, ela havia caído em uma parte de cimento do quintal, e defecou na hora, devido à dor, estava com fratura exposta na patinha dianteira (de rádio e ulna), então às sete da manhã mesmo eu acordei a Paula. 

"Paulaaaaaaaaaaa, Dalila, minha cadela, tá com fratura exposta, que que eu faço, você opera? agora? tadinha Paula, eu dou alguma coisa????"

Dalila estava tranqüila, coitadinha, tremia, e veio para o meu colo sem eu nem chamar. 

Ela sofreu duas cirurgias em 2 meses e eu anestesiei em ambos procedimentos, mas ela estava tão calminha, procurava meu colo na clínica, ficou tão feliz em me ver quando saiu da anestesia... mesmo sem morrer de amores por Dalila, eu quase morro tristeza pela sua condição.

Claro que eu já atendi outros animais meus, mesmo sozinha, mas tem hora que temos que passar a bola, e deixar que cuidem para a gente.

Obrigado aos meus amigos pessoais, veterinários dos meus bichos, por toda força, veterinário tem que ter veterinário... Renata, Fernanda, Fábio e Paula



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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Veterinário Defende Veterinário


Na véspera do meu aniversário em 2007 eu recebi uma notícia ruim. Uma pessoa havia deixado recados muito mau educados no meu orkut. Me chamando de açougueira, chamando a minha clínica de açougue Casa do Bicho, dizendo que eu matei o cachorro dele, me ameaçando, e outras coisas mais. Eu fiz "printscreen" de tudo, entrei no MSN para saber do que se tratava e a história era a seguinte:

O cachorro do rapaz havia doado sangue para dois pacientes da clínica em julho e agosto de 2006, quando em julho de 2007 ele adoeceu, a veterinária dele fez vários exames e sem fechar o diagnóstico, disse que o animal havia ficado doente por causa das duas doações de sangue. Além disso outro veterinário oportunista apoiou a idéia da "doação de sangue deletéria" e ainda disse que eu vendia o sangue. O rapaz ficou transtornado. Me ameaçou e tudo mais.

Agora, antes, me deixe falar um pouco sobre transfusão sanguínea, de acordo com a literatura, um animal pode doar cerca de 16 a 18 ml de sangue por quilo, a cada 3 a 4 semanas. Esse animal doou cerca de 8ml por quilo em cada transfusão e um intervalo de 4 semanas entre elas. Resumindo, ele era saudável e poderia doar até o dobro do que ele doou. Não existe essa doença que vai afetar o animais 12 meses após a transfusão, ele teria que estar muito doente na época da doação para ser prejudicado por ela, e mesmo assim não seria um ano depois.

Mas nenhum cliente tem obrigação de saber disso, o veterinário sim. Voltando no ponto da falta de diagnóstico, agora existem até doenças inventadas, tudo para não assumir o fato de não saber do que se trata e nem buscar ajuda.

Eu fui muito prejudicada pela informação errônea desses dois colegas, não vou nem falar de ética porque ética se trata de algo muito pessoal. Precisei ficar com a segurança na porta da clínica por uma semana, mantive todas as ameaças salvas para ir à polícia caso necessário, sem contar que chorei o dia todo do meu aniversário.

Quando se assume a posição de profissional, as pessoas acreditam no que você fala, elas respeitam a sua opinião e se seu animal estiver morrendo e você colocar a culpa em um veterinário que o atendeu há um ano, para uma DOAÇÃO de sangue, o cliente vai acreditar, ele precisa de alguém para colocar a culpa. 

Não sei se o animal morreu, antes dessa confusão toda, esse cão fez uma ultra-sonografia comigo que revelou aumento de baço, edema testicular, combinado à anemia poderia ser um parasita no sangue, como acontece na "doença do carrapato"... mas foi mais cômodo culpar a doação de sangue. Até meu laudo foi questionado e ridicularizado online. Eu não preciso dizer como eu me senti, sendo chamada de mercenária, queria o sangue do cachorro para vender.

Depois eu mandei um email para o rapaz, com artigos científicos falando sobre transfusão e agradecendo as doações em nome dos animais que receberam.

Ao amigo proprietário de cães: se seu animal puder salvar a vida de algum outro doando sangue, deixe, o veterinário não o fará se o seu animal não tiver condição. Confie!!

Ao colega veterinário, tudo que você fala tem efeito. Não critique o colega para o cliente, se for algo grave, vá ao conselho, converse com o colega, mas não denigra a imagem do outro profissional

Recomendo a Comunidade do Orkut: Veterinário Defende Veterinário

Recomendo (somente para profissionais)  a Comunidade do Orkut: Sou VET, Não São Francisco

Recomendo a leitura do Código de Ética da Classe Veterinária

Recomento a leitura de informações sobre transfusão sanguínea em cães


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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Mais vale um diagnóstico correto na mão, do que mil suspeitas voando......

“A Raposa e o Gato

Conversando com um gato, a raposa vangloriava-se de saber mil formas diferentes de preservar sua vida. O gato, mais humilde e menos sábio, reconhecia que só contava com sua agilidade para sair dos apuros. Quando uma matilha de cães furiosos interrompeu o diálogo, o gato conseguiu escapar subindo em uma árvore, mas a raposa, incapaz de fazer o mesmo, caiu nas garras de seus inimigos.
“Moral da História: Mais vale saber uma só coisa que seja útil, do que muitas que para nada servem.”
 Quatro Patas – fascículo III

Quando eu li esse texto eu me lembrei de um diferencial que vale mais do que mil tratamentos, o exame. Não adianta você tratar mil coisas sem saber o que se está tratando... o diagnóstico terapêutico, isto é, realizado com tentativa e erro, é válido porém não deve ser feito sem antes ter se esgotado as tentativas. Hoje eu vou falar da Magali (outro nome inventado para preservar a identidade do paciente e do cliente e praticar a minha criatividade) que era uma shihtzu (raça inventada também) da cliente Zumira. Dona Zumira tinha bastante dinheiro e vários shihtzus, uns 18, adorava falar o quanto amava e cuidava dos seus cães mas pedia desconto em ração, consulta, exame e vacinas. Em resumo, há 2 anos a Dona Zumira não vacinava seus cães. Ela era da área médica e sabia muito bem o que estava fazendo.

Uma vez eu fiz uma ultra-sonografia de uma cadela da Dona Zumira, de outro veterinário que suspeitava de qualquer coisa e não sabia o que era. A cadela só tinha parado de comer, e na ultra eu não vi nenhum sinal compatível com "qualquer coisa". Então dona Zumira me contou que outra shihtzu dela havia morrido naquela manhã e só tinha parado de comer, foi internada, e nada resolveu, tomou vários remédios, mesmo assim morreu. Duas semanas depois essa paciente havia morrido também, depois de cinco dias internada, tomando vários medicamentos, nada adiantou. Até que quando Magali, a terceira shihtzu adoeceu, Dona Zumira levou para nós, na clínica. Eu examinei, fiz hemograma, que deu anemia e infecção. Fiz exame para avaliar a função do fígado e rins, ela estava ficando com icterícia, amarela. Deu todos os valores alterados. Então Dona Zumira veio me reclamar da conta, como é que em cinco dias internada em outra clínica, o tratamento da outra cadela havia custado a metade do internamento de três dias na minha clínica. Eu respondi: Porque eu faço exames, eu quero saber o que eu estou tratando, de que adianta só tratar os sintomas, ir administrando antibiótico, corticóide, soro, sem saber o que eu estou lidando. Agora, quero fazer um exame para Leptospirose, que é a minha suspeita!!

"A senhora deve estar enganada, não existe rato na minha casa"

"Bom, já estou tratando para a minha suspeita mas quero confirmar"

"Pode fazer, mas você acha que se fosse uma coisa simples dessa a outra veterinária não teria descoberto?"

"Eu não sei, só sei do que eu suspeito"

Infelizmente a Magali veio a óbito no outro dia, apesar de todos os cuidados ela não resistiu. O resultado da sorologia para leptospirose veio no final da semana.



Aí que eu falo, de que adianta fazer mil tratamentos sem ter o mais útil, que é o diagnóstico?

É o que eu tento passar sempre para meus colegas, funcionários e estagiários...

No final das contas, a Dona Zumira pegou o resultado, e eu perguntei se ela iria vacinar, ela disse que não, iria manter os cachorros longe dos ratos, mandar colocar veneno no quintal e pronto, então eu perguntei quantas vezes ela pegou nos cachorros e logo depois pegou na neta dela sem lavar as mãos? se ela não achava que era muito arriscado não vacinar? então ela me disse que era caro, isso sim!!

Recomendo o laboratório que fazemos diversos exames: http://www.hermespardini.com.br/

Divisão Veterinária



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quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Meus não semelhantes


Hoje é véspera de natal, todos desejam as melhores coisas para seus semelhantes, e eu vou utilizar esse espaço para desejar as melhores coisas para os meus não semelhantes:

Eu desejo que todo filhote de cão e gato tenha um lar justo, de pessoas que não estejam apenas encantadas com sua condição de filhote mas que assumam a responsabilidade de amá-los e protege-los pelo resto da vida.

Eu desejo que todas as pessoas tenham discernimento do que é frescura e o que é problema, e não cheguem no veterinário com seus animais após quinze dias de vômitos e diarréia por "frescura" do animal, alegando não saber o que estava errado.

Eu desejo que todos nós tenhamos a consciência que os animais servem para aplacar a nossa solidão, para ficarem felizes quando voltamos para casa, para ficarem do nosso lado quando choramos, para que não fiquemos sozinhos nos passeios de fim de tarde, para nos proteger, para proteger os nossos filhos, para que nosso coração não seja o único a bater na casa, para chorarem a nossa morte quando ninguém mais o fizer... portanto eu desejo que em 2009, pelo menos em 2009, não maltratemos os animais, não descontemos nossa tristeza no seu corpo frágil, não os abandonemos à sua própria sorte, não nos afastemos tanto de forma que eles não consigam nos encontrar, e no dia que eles partirem, que choremos de saudade e não te arrependimento por tê-los maltratado.

É só isso que eu desejo, e se você for pensar, não é difícil, e você não vai morrer se tentar.

Feliz Natal para todos os leitores desse blog, para seus familiares, para seus animais e um EXCELENTE 2009 cheio de saúde e posts interessantes para alegrar mais a nossa vida e conscientizar mais pessoas...

Mensagem baseada em apresentação em ppt que recebi por e-mail, passo para quem quiser depois, é só deixar o comment com o endereço

Recomendo o Blog do Dog http://oblogdodog.blogspot.com/ e o Blog Cãosciência http://caosciencia.blogspot.com/



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domingo, 21 de dezembro de 2008

Isso é um pit bull?

Certa vez eu estava na clínica atendendo um poodle. A proprietária chegou no final do dia, com o animal doente já há algum tempo, com aquele papo:

"eu amo meu cachorro e faço qualquer coisa para ele ficar bom!!"

Mas dando vacina sem qualidade, ração de combate, sem passeios ou qualquer atenção para o animal.

Fiz o atendimento, prescrevi o tratamento e ela já estava pronta para ir embora quando chegou na porta da clínica um casal com sua cadela, uma pitbull bem doentinha, muito apática, e eles muito preocupados. Ao ver a cadela, a proprietária do poodle pegou seu cachorro no colo e começou a gritar na recepção: 

"Ave Maria, isso é um pitbull?? isso é um pitbull??? ai meu Deus, como pode, um pit bull?? que que eu vou fazer, isso é um pitbull????" 

Esse escândalo me deixou sem ação, e os donos da cadela, bem como a mesma, olhavam assustados para a moça, até que o dono falou: MEUUUU DEUSSS, isso é um POODLEEEE????????

A proprietária do poodle seguiu seu caminho, resmungando e esbravejando, e os donos da pitbull entraram para o exame de ultra-sonografia que foram fazer comigo, solicitado por outra veterinária. Isso me fez pensar no seguinte:

Primeiro: o dono do pitbull foi muito espirituoso, eu amei a resposta dele

Segundo: existe preconceito com negros, com índios, com a mulher e com o pitbull. O preconceito é uma idéia pré moldada a respeito de um ser cujas qualidades e capacidades são desconhecidas. Coloca-se um rótulo baseado na cor, no sexo e na raça. Pouco ainda se sabe da capacidade de amar de um pitbull. E eles são capazes de amar e serem muito fiéis aos seus donos. 

A raça é proibida em vários locais e projetos de lei já foram criados em busca da extinção da mesma. Eu não crio pitbulls, tenho pacientes dessa raça e posso dizer por conhecimento de causa, é mais provável que um pinscher arranque meu dedo, como quase aconteceu, do que muito pitbull que eu atendi. 

Não estou dizendo que é uma raça tranquila e que não tem histórico de ataque a pessoas e outros animais, porém:

O mesmo cuidado que se deve ter com qualquer raça valente, deve-se ter com o pitbull.

Você vai deixar uma criança sozinha com um pitbull  ou um rottweiler bravos? Use o discernimento para o que é perigoso e o que é sensacionalismo, e não seja preconceituoso. Todo pitbull é assassino? Todo índio é canibal? Toda mulher dirige mal? Simm?? Então está na hora de rever seus conceitos.

Agora, deixar um animal chegar nesse estado por causa de uma sarna e falta de cuidado, e aparecer na clínica dizendo que ele ficou assim de um dia pro outro nos deixa uma pergunta: Quem está fazendo mal pra quem?


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sábado, 20 de dezembro de 2008

O gostinho da ultra-sonografia


A ultra-sonografia veterinária é relativamente recente no Brasil, data de cerca de 20 anos quando começaram a arriscar, na cidade de São Paulo, o exame em pequenos animais. De lá prá cá muita gente tem seguido essa área, cursos estão sendo ministrados, congressos realizados, no intuito de fomentar cada vez mais a prática, e estudar novas técnicas e expandir o uso.

O gostinho da compra de um aparelho de ultra-sonografia, mesmo sendo de décima segunda mão, depois de um ano e meio que eu fiz o curso, é indescritível. A Casa do Bicho estava fechando o ano de 2006 com chave de ouro.

Começamos muito simples na clínica, decidimos pagar prestação de material que contratar pessoal no princípio, na hora de internar os cachorros iam lá para casa, economizando no que podia, menos na qualidade do atendimento, usando tudo de melhor que poderíamos fornecer para o cliente, conquistamos mais esse sonho.

Eu economizei na passagem, hotel e alimentação. Pode ser que no futuro eu me hospede em um Transamérica desses, mas o prazer de estar crescendo com a clínica, passo a passo, é bom demais.Agora era trabalhar, batalhar, reaprender a fazer o exame, estudar e fazer o aparelho dar muito dinheiro e, o que não tem preço, diagnóstico mais preciso.

Com isso nós agora éramos a primeira e única clínica a oferecer esse serviço na região.

Cursos de ultra-sonografia:

http://www.ivi.vet.br/

http://www.provet.com.br/

Congresso Mundial de Radiologia Veterinária - esse ano no Brasil:

http://www.acvr.org/ivra/



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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Ultra-sonografia


Eu estava pesquisando no mercado aparelhos usados e novos, para comprar e começar logo nessa vida de ultra-sonografista. Encontrei um aparelho, Aloka 260, em São Paulo, com as sondas que atendiam a minha necessidade... 15.000

Manheeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!!!!!!!

Mamãe fez um empréstimo para a filhinha amada, e Renata pagou metade, provavelmente um paitrocínio também

Fizemos as contas e valia mais a pena ir buscar, experimentar, do que trazer pelo correio e acabar não atendendo o que precisávamos. Então me organizei e fui com Cláudia, uma grande amiga.

Decidimos pegar um vôo que saía de Salvador para São Paulo pela GOL. Era uma promoção. O Beto precisava ir para Salvador para fazer um exame e fomos. Eu estava prontinha, a Cláudia também, animadassss. Eu por causa do ultra-som e da viagem, a Cláudia por causa da viagem e de uma visita que ela ia fazer no SENAC para o curso de Chef de Cozinha Internacional.

Saímos empolgadas para o vôo noturno, ia fazer uma escala em Campinas, o vôo atrasou e já no aeroporto começou o mau humor.. sono. Entramos no avião, fiz uma ginástica fenomenal para caber na poltrona. Tenho impressão que a GOL está lançando a campanha do aconchego, vc fica bem aconchegado espremido entre duas pessoas, na luta pelo apoio do braço. Baixei minha poltrona e dormi, em 10 minutos a aeromoça me acordou para "colocar a poltrona na posição vertical"... foram 6 vezes no total que ela me acordou, a cada pouso e decolagem... também foram 3 barrinhas de cereais oferecidas, e uma delas eu pedi que colocasse no lugar que mais lhe agradasse... poxa, vai me acordar para comer barrinha de cereais e suco de pêssego light???

"Prezados passageiros, verifiquem se estão levando consigo todos os seus pertences, inclusive o celular" hahahaha essa mensagem foi feita para mim!!!

Eu devo ter levado uns 10 casacos para essa viagem, 5 meias calças, 2 calças de lã... mas era dezembro de 2006 e já em Congonhas eu percebi que São Paulo fervia.

Um amigo do SWAT, o Gil, foi buscar a gente no aeroporto. Ele se ofereceu para levar a mala da Cláudia... ahahaha coitado, eram exatos 25 kg para 3 dias em São Paulo. Outro amigo do SWAT, o Paulo Henrique (FIREWALL) quem fez pesquisa de preços de hotéis e encontrou um baratinho pra a gente, 30,00 reais a diária, na Brigadeiro Luís Antônio, perto de metrô e ônibus. Assim que chegamos no hotel, ficamos Gil, Cláudia e eu parados na porta, sem acreditar. Era um hotelzinho simples, antigo, mas tinha um cartaz:

Diária R$ 30,00

Pernoite R$ 15,00

Preço por 3 horas R$ 10,00

Aquilo não era um Hotel, era um motel, desses que chamam de casa de família. O Gil perguntou: quer que eu leve vocês para outro lugar?

"Ahh que nada, isso vai ser divertido", disse eu.

Bom, se aquilo não era um motel era uma prisão porque tinha uma portinha lateral para entrar o café da manhã. Era uma cama de casal, espelho no teto e nas paredes, e tinha uma luz verde. 

Chegamos, desfizemos as malas e fomos passear nos Jardins... mais nova aventura da Alice em São Paulo.



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Paula e Maria


Jogar é bom mas ainda temos que trabalhar...

Chegou o meio do ano, a Renata teve os nenéns prematuros, de 6 meses, e um deles acabou falecendo. Foi muito triste e acredito que muito trabalhoso para ela também, pois o Leonardo ficou na UTI até 3 meses.

Eu continuava na clínica e nos camarões.. o movimento às vezes estava muito bom, às vezes estava parado.

Como a Renata quem opera na clínica eu tive que arrumar alguém que o fizesse na sua ausência. A Patrícia fez algumas cirurgias, e deu uns plantões também, porém tinha outra veterinária na cidade, que poderia me ajudar nesse sentido, a Paula.

A primeira vez que eu liguei para a Paula foi para falar de uma cadela que estava há seis meses vomitando, só o "bagaço". Eu nunca vi um animal tão caquético, não sei como ela sobreviveu tanto tempo.

Fiz hemograma, ela ficou no soro, deu uma melhorada, e, após todos os exames, suspeitei de TUDO e NADA. Um caso complicado, parecia obstrução intestinal mas não tinha histórico,... aqui ainda não tinhamos ultra-sonografia, decidi fazer uma laparotomia exploratória.

Chamei a Paula, ela me disse: Alice, eu não tenho com quem deixar Maria Clara, (de 3 anos) vou ter que levar comigo, mas a Glícia vai junto, qualquer coisa ela dá uma mão.

Mais tarde a Paula chega, cheia de roupas e aparatos cirúrgicos e assepsia histérica.. toda high tech... ahahaah, e Maria Clara grudada nas pernas da mãe.

Então eu falei: Meu Deus que linda, vem com a titia!!!!

"Mamãe, mamãe, mamãeeeeeeeeeeeeeeee"

Pronto, desisti da tarefa de baby sitter, eu ia auxiliar a cirurgia.

Tadinha da neném, estava muito assustada, e a mãe andando prá lá e prá cá arrumando isso, aquilo. Mas quando a tia Glícia pegou a Maria Clara no colo, a "bichinha" se desesperou... 

Em resumo, fizemos a cirurgia com Maria Clara aos prantos na outra sala, chorou tanto que vomitou, dormiu pela exaustão de tanto sofrimento...

Paula operou muito bem, mas acredito  que com o coração na mão.

Deu 21 horas, tudo tinha terminado, fiquei com a cadela, agradeci imensamente à colega, que é mãe e veterinária, tarefa difícil.

A veterinária me completa, em parte, mas será que ainda vou arriscar a maternidade? ser mãe é padecer no paraíso? cada situação que precisamos viver por causa da profissão, compensa?

Ahhhhh, compensa sim!!!

Post dedicado à Paula e à Maria Clara. Obrigada pela força amiga!



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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Alice e o Gato


- Gato de Cheshire, pode dizer-me, por favor, que caminho eu devo seguir para sair daqui?
- Isso depende, em grande parte, do lugar onde se quer chegar.
- Não me importa muito o lugar – disse Alice.
- Então, tampouco, importa muito o caminho a seguir – replicou o gato.
- ... Desde que chegue a algum lugar – acrescentou a menina.
- Oh, você sempre chegará a algum lugar se caminhar o suficiente!”

Sempre que eu volto de São Paulo, Salvador ou Brasília, eu quero ir embora daqui.
Eu amo a clínica, gosto do meu trabalho nos frigoríficos, de Ilhéus, mas me entristeço por trabalhar o triplo e receber metade, do que um veterinário de outro lugar, fora de Ilhéus... 
Ahhh então eu me lembro de um amigo que mora em São Paulo, médico, que depois de muito batalhar, e recebendo 20 vezes mais do que eu, comprou um apartamento, que é metade do meu, e muito mais longe do mar.
Essa minha vontade de ir embora é reflexo do meu pólo inferior? Não sei, mas que me entristeço sempre que volto de viagem, isso é verdade.
Uma vez eu perguntei para a minha mãe, se ela tivesse no meu lugar, para onde ela iria, e ela me disse que achava que não ia para lugar nenhum, que achava minha vida “excelente”.
Por que eu não acho?
Talvez o caminho que eu queira encontrar seja aqui mesmo, talvez falte alguma coisa me mim, e não em Ilhéus. Eu devo estar insatisfeita comigo, e não com a cidade. Não sei, ainda vou pensar mais.
Não adianta perguntar o caminho para o gato se não sei para onde quero ir!

“Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço”

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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Que dia bom!!


A gente fica feliz quando tudo dá certo, ou pelo menos quando a gente passa perto.
Um dia aparece na minha porta a Tula, uma quase lhasa apso... muito doentinha. Ela pesava 3 kg e passou o fim de semana todo vomitando, estava um "caco" na segunda-feira. Ela passou por uma cirurgia com um colega uns 15 dias atrás, caiu da escada e fraturou o fêmur. Porém cerca de 4 dias antes de aparecer na clínica ela começou a passar mal, ficar triste, vomitar. O colega suspendeu o antibiótico pois acreditava ser o responsável pelo mal estar. A 'moça' piorou, no sábado ela "tomou" soro, não parando de vomitar, então no domingo a proprietária telefonou para o colega, que não repetiu a soroterapia pois a moribunda havia tido uma "sobrecarga de soroterapia" no dia anterior.
Bom, veio parar nas minhas mãos na segunda-feira. Providenciei um hemograma. Ela apresentava abdômen distendido, respirava com dificuldade, febre, desidratação. Ela foi logo colocada em soroterapia enquanto eu fazia os exames. A função renal dela estava alterada, os leucócitos, que são as células de defesa, estavam em 100.000 (o normal é de 6.000 - 17.000). Minha suspeita era piometra, infecção no útero, e o tratamento era um ato heróico de cirurgia para retirar o mesmo.
Mas a proprietária estava com muito medo, me perguntou como fazer para confirmar o diagnóstico, e eu disse logo: uma ultra-sonografia, mas não temos aqui em Ilhéus. Só em clínica humana, e a única clínica que faz, de vez em quando RX, pra a gente, já mandou recado que não vai mais fazer... é a clínica X!!
"A clínica X?? eu sou arquiteta e fiz o projeto da clínica X... vamos fazer a ultra-sonografia lá. O médico faz e você acompanha"
A pobrezinha foi então para a clínica fazer o exame ultra-sonográfico. Ao realizar o exame eu logo vi na tela imagens do útero aumentado, o útero na cadela é em formato tubular, como um Y, na mulher é em formato de pêra, como um 0.
Eu então logo falei que era infecção uterina, que precisávamos arriscar a operação. Antes que eu terminasse, o médico se pronunciou: "Veja bem, minha amiga, o que a sua cadela tem não tem nada a ver com infecção no útero, porque isso que vemos na tela é o intestino. Não se movimenta e está cheio de líquido porque está obstruído, não está defecando, não é verdade?"
"na verdade não, doutor, ela está com diarréia" disse eu
" bom, como eu ia dizendo, a sua cachorra tem uma condição chamada abdômen agudo, e se deixar essa mocinha operar, a sua cadela certamente morrerá."
Aquilo parecia uma profecia!! Que absurdo foi dito e que triste foi. Eu voltei para a clínica com a paciente, e mais chateada que tudo, na saída ainda agradeci pelo exame e ouvi: "eu não fiz por você"... Meu primeiro diagnóstico ultra-sonográfico e eu tinha passado aquela vergonha toda, mas eu estava tão certa, fiquei logo muito triste.
Bom, a proprietária estava com mais dúvida que qualquer coisa. Ela ligou para outro veterinário em Salvador, muito respeitado, que disse: deixe de ser boba e confie na veterinária da sua cachorra!!
Então a senhora se despediu da Tula, chorou bastante e foi embora.
Deus colocou suas mãos na cabeça dessa cadela e foi a cirurgia mais tranquila do mundo. No momento que a cirurgiã tirou o útero, e esse devia pesar 1 kg, cheio de secreção da infecção, eu saí da sala e dei um murro na parede... como eu pude me deixar abalar pela opinião de um profissional que nada conhecia da anatomia canina, e nada queria conhecer? como eu pude sequer duvidar da minha capacidade diagnóstica quando tudo mostrava que era infecção e eu fiquei com medo? eu provei para mim que tudo tinha dado certo, e que seria menos sofredor se eu confiasse mais em mim.
É isso aí, eu estava crescendo e aprendendo, e meu primeiro diagnóstico ultra-sonográfico foi decisivo para a sobrevivência da Tula, que até hoje é nossa paciente.
Deixo um conselho, confie no veterinário do seu animal, e na sua intuição... a proprietária só decidiu operar porque apesar da minha dúvida depois do parecer do médico, ela sentia que estávamos no caminho certo.
E para os veterinários, pense muito sobre um diagnóstico e confie na sua capacidade, afinal, a saúde do bicho depende disso.

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Casa do Bicho com cara de Bicho



A Renata engravidou em dezembro de 2005, de gêmeos, e foi para o Rio fazer o doutorado e ter os bebês.

Eu fiquei na clínica, precisamos contratar ajuda, quando me aparece a Tacila.

Essa moça era recém formada, muito comunicativa, muito mesmo, comunicativa demais, ao extremo, ela sabia chegar ao ponto G da comunicação... TACILA falava muito!!!!!

Eu soube dela e chamei para uma entrevista. Nesse momento ela falou dos seus cachorros, seu casamento, sua experiência na faculdade e outras 100.000 coisas, incluindo "Sabe Alice, quando eu fiz patologia com o professor Zé Cláudio eu tive a síndrome do pânico, mas ja estou melhor, tomei rivotril e hoje não tomo mais... eu amo limpeza, adoro limpar, eu te mostrei a foto do Toby, meu cachorro, é lindo, é meu bebê lindo? preciso ir levá-lo para fazer xixi, sabe Alice, eu trabalhei com anestesia, você tem inalatória? ah eu prefiro, muito mais. Posso começar a trabalhar quando você quiser, ahh vai ser ótimo, vocês fazem hemograma? olhaque gracinha esses cachorrinhos de resina, onde você comprou? Já são cinco horas? que horas vocês fecham? eu preciso ir para a academia hoje, o Wagner deve vir me buscar. Como é que fecha? que abre? tem alarme?? nossa acho super necessário. Eu te falei que amo anestesia?"

Trabalhar com Tacila foi muito bom. Ela realmente adorava limpeza. Eu chegava na clínica para fazer um hemograma e se ela não estivesse atendendo, estava esfregando os panos de chão:

"Você acredita, menina, que eu tive que ensinar moça que trabalha lé em casa a lavar pano, eu pegava e mostrava 'tem que esfregar assim, olha' ... esses panos estão terríveis Alice, aahahaha, mas vão ficar limpíssimos, você vai ver. Eu gosto de fazer assim, eu lavo, esfrego, enxagüo, então eu borrifo amonex e cloro para desinfetar, mato tuudooo, ou então........" a partir desse momento eu já não ouvia nada, eu simplesmente bloqueava aquilo tudo e ia fazer o hemograma... acionei meu cérebro para acordar quando ouvisse as palavras "dinheiro" "emergência" e "fogo".

Ainda vivemos muitas aventuras nessa clínica, começando quando decidimos mandar fazer uma pintura nas paredes, aquilo tinha que parecer uma clínica veterinária.




OBS: esse post foi dedicado à Tacila, uma das seguidoras e a moça da primeira foto, e ao seu rebento de 2 meses, Matheus... bjos nega, outros virão (outros posts, outros rebentos só se vc quiser :p)

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Cachorros possuídos




Ao assistir o trailer do filme Marley e Eu, eu não pude deixar de pensar nisso.... alguns animais parecem ser possuídos.

Eles tem a capacidade de encantar o dono, e fazê-lo passar por situações ridículas.

O paciente que mais me deu trabalho de vacinar foi uma labradora, ela saltava no consultório... eu nunca vi qualquer coisa parecida, nem sei se a Meg ainda faz vacinas anuais

Outra labradora, a Mell, deu muito trabalho para coletar sangue, foram 5 pessoas praticamente sentadas em cima dela para conseguirmos meio ml de sangue...

A Amelie, outra labradora, simplesmente AMA ir ao veterinário, o proprietário para o carro e ela salta a janela, entra correndo na clínica, invade o consultório e se joga no colo do primeiro que tiver na frente

Os labradores são bebês gigantes e adoráveis... eles simplesmente nos fazem pensar que já não mandamos mais em nada, eles têm o completo controle da situação... nós, como proprietários, só podemos minimizar os efeitos colaterais.

Quando o proprietário chega com um filhote de labrador e me pergunta quando ele vai ficar adulto? se ele é comportado? se ele costuma comer coisas da casa? eu respondo que nada melhor que a experiência de criar um labrador, ele será adulto aos 3 anos, ama jardinagem, move as plantas de lugar no quintal, tem o hábito de comer tudo que não pode e o que pode e mesmo assim você não consegue deixar de amá-lo

Assista o filme Marley e Eu



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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Os meus


Athenas, minha boxer, estragava qualquer jogo de futebol por causa de uma bola... ela ia correndo em direção à bola na praia, nem adiantava eu tentar segurar, e todos os jogadores corriam para o mar... e ela ficava abraçada com a bola, eu me limpando e cuspindo areia e me desculpando, e o povo no mar, me esperando conter o monstruoso boxer.

Bridgit, a paulistinha, tem a mesma loucura por bola, mas ela não me joga no chão me fazendo passar vergonha, ela faz pior... grita. Ela não late, ou chora, ela GRITA!!

Dalila, a poodle, vai de motoboy para o banho e tosa, ela late até chegar lá, morde o veterinário, o tosador, o auxiliar, outros animais se bobearem.

Minerva não pensa, é outra boxer, ela tem uma língua de 50cm e quando a gente fala com ela e ela está arfando, ela então fecha a boca para escutar... ou ela anda, ou ela pensa, ou ela escuta.

A gata, AK, agora está com mania de trazer baratas para mim. Ela acha que eu gosto muito de baratas e grito de alegria então ela vai na rua e pega uma bem grandona para a mamãe, traz viva para casa e fica brincando nos meus pés.

Sem contar os agregados que às vezes passam fins de semana conosco... os pacientes.

Eu amo meus bichos!!



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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

A corda no pescoço


Essa semana está muito complicada para mim, não vou fazer posts engraçados, chatos, interessantes ou tristes. Tenho algumas atividades no mestrado,dentre outras coisas...

Ok, quem eu estou querendo enganar?? Eu to f.... mesmo!!! Tenho uma apresentação imensa na matéria de Oncologia para quinta feira, sem contar que preciso ler 3 lâminas cheias de bolinhas e dizer de onde vieram, qual era a doença.... tenho uma apresentação macabra de Estatística na quarta que só o título já assusta: "Análise de correlação e regressão: Aplicações de forma geral e em análise de variância, inclusive superfície de resposta; regressão linear múltipla e regressão polinomial. Ênfase na área animal" - ENTENDEU??? não??? nem eu

Além disso ainda serei banca de uma monografia, o que envolve LER E AVALIAR a monografia. Eu comentei que o curso online de ultra-som que eu to fazendo encerra amanhã e eu tenho que fazer as atividades???

Como se já não bastasse estou lotada de animais no meu projeto e todos começam com quimioterapia hoje, o que envolve muita calma e o processo deve ser lento e preciso, o que quer dizer que não dá pra fazer o trabalho de estatística concomitantemente....

Que que eu fiz no fim de semana??? trabalhei inclusive de madrugada com o mesticinho de poodle com qualquer coisa que foi atacado por um rottweiler e fiz o trabalho que apresentei ONTEM... 

Daí eu penso:

DORMIR??? pra que?



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